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Psiquiatra ajuda a identificar se você está em um relacionamento abusivo

Marcella Blass
11 de Março de 2021


Crédito: Anthony Tran on Unsplash
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Estudos relatam que 3 a cada 5 mulheres já viveram um relacionamento abusivo. Mas é importante ter em mente que não é só na relação homem mulher que isso acontece. O abuso pode ocorrer de diversas formas: de pai pra filha, de filho pra pai, de filha pra mãe, entre outros.

E o que são Relacionamentos Abusivos?

Os relacionamentos abusivos são aqueles em que há vítima e agressor. Acontece a partir do momento em que alguém tenta dominar o outro fisicamente ou por artifícios psicológicos e emocionais. Neste momento, o relacionamento deixa de ser saudável e pode evoluir para um relacionamento doentio e perigoso.

Em qualquer situação, mas principalmente por meio do abuso psicológico, o agressor obtém poder sobre a outra pessoa, usando de controle e manipulação emocional.  O agressor tende a querer dominar tudo o que for possível na vida da outra pessoa; tentando controlar as amizades, o modo de se vestir, o uso do celular e das suas redes sociais.

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Segundo Aline Machado Oliveira, psiquiatra e psicoterapeuta junguiana, uma das primeiras coisas que um agressor faz em um relacionamento abusivo é destruir a autoestima da outra pessoa. Ela explica que a autoestima da vítima é afetada drasticamente e pode ser destruída quando o agressor usa de jogos psicológicos com frases de acusação como: “-ela faz isso porque quer” ou “-ela sempre foi assim, só está se fazendo de vítima” , a fim de manipular a realidade.

A vítima torna-se a culpada pela agressão sofrida e ela aceita isso como verdade. Desta maneira, passa a ter uma percepção distorcida de si. Quanto mais oprimida, mais passiva a pessoa pode ficar, até se tornar completamente impotente, pois foi convencida pelo agressor de que ela está errada e é a culpada pelos problemas no relacionamento.

Chantagem e culpa

A chantagem emocional é um artifício muito usado para a manipulação e, geralmente, é de difícil identificação. O chantagista conhece os pontos fracos da vítima e se utiliza de sentimentos como o medo e a culpa para manipular as pessoas e alcançar os seus objetivos.

Embora sejam mais conhecidos e tratados os relacionamentos abusivos em que a vítima é a mulher e o agressor o homem, esse tipo de situação vai muito além. Ela pode envolver pais e filhos, relacionamentos homoafetivos, entre patrões e empregados, relações de amizades e muito mais.

“Relacionamentos são sempre um desafio e para termos relacionamentos saudáveis é preciso impor limites ao outro e entendermos que nós também precisamos de limites. Isto implica inclusive saber lidar com as relações quando detemos alguma posição de poder”, diz a especialista. Aprender a dizer “não” é necessário, e saber aceitá-lo também. Se você se identificou com as situações citadas, procure ajuda profissional. Não desista de você!

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