Terceira idade: dicas para treinar o cérebro contra a perda de memória
A população brasileira está em trajetória de envelhecimento. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que até 2060, um a cada quatro brasileiros será idoso – o equivalente a 25,5% da população. Para um envelhecimento saudável, além das atividades físicas, é necessário estabelecer uma rotina de exercícios para o cérebro.
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“Assim como o corpo, o cérebro tem seu envelhecimento natural, sem necessariamente implicar patologia ou doença. Com a idade, o sistema nervoso apresenta alterações, como dificuldades de aprendizagem e esquecimento, mas a capacidade intelectual pode ser mantida sem dano cerebral até idades mais avançadas”, explica Michelle Campos, terapeuta ocupacional e coordenadora do Núcleo da Terceira Idade da Clínica Holiste.
A especialista separou uma lista de atividades que funcionam como exercícios cognitivos. Todas elas devem levar em consideração as condições físicas, psicológicas e sociais de cada idoso.
- Jogos
Oferecer estímulos cognitivos por meio de jogos como quebra-cabeça, baralho, dominó, caça-palavras e sudoko são boas opções de passatempo e de estimulação cognitiva. - Leitura e Escrita
Se possível e se for do agrado do idoso, atividades de leitura e escrita estimulam o cérebro, a memória e funções motoras importantes. Nesse sentido, é possível incluir o aprendizado de um novo idioma, um curso ou mesmo a troca de mensagens pelo celular com a família e os amigos. - Artesanato
Praticar atividades como tricô, crochê, marcenaria e costura é uma boa pedida. A estimulação visual, de memória e tátil proposta pelo artesanato pode ajudar a manter a capacidade intelectual ativa por muito mais tempo. - Atividades Físicas
Com autorização médica, exercícios físicos também devem ser estimuladas. Caminhada, esportes e dança são importantes aliados do corpo e da mente. Além disso, após a pandemia, é recomendável estimular atividades externas e sociais, como ir ao supermercado, salão de beleza, shopping, cinema e teatro.
A profissional complementa que as funções cognitivas são responsáveis por receber, armazenar e processar as informações. Capacidades como atenção, percepção, memória, funções executivas, orientação e juízo conferem ao idoso a capacidade de gerir a própria vida e, por isso, são essenciais para uma velhice saudável e ativa.