Março marinho: mês da conscientização e prevenção do câncer colorretal
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Um fator preocupante e que vem retardando o diagnóstico da doença são os impactos da pandemia no tratamento oncológico. Cerca de 74% dos médicos oncologistas tiveram pelo menos um paciente que precisou interromper ou adiar o tratamento por mais de um mês. Além disso, 10% dos oncologistas afirmaram que a redução dos pacientes oncológicos foi entre 40% a 60% durante a pandemia.
“A situação torna-se ainda mais preocupante com o envelhecimento populacional e a dificuldade de assistência técnica durante o último ano, podendo aumentar a taxa de diagnósticos tardios e consequentemente a mortalidade pela doença’’, explica Maria Ignez Braghiroli, médica oncologista e pesquisadora na rede D’Or.
Por ser uma doença silenciosa, o câncer colorretal, em geral, só dá sinais quando está em estágios mais avançados, tendo como principais sintomas: alteração do ritmo intestinal; sangramento nas fezes; dor ou desconforto abdominal; tumoração abdominal e perda de peso sem causa aparente. Mas esses sinais também podem estar presentes em outras enfermidades, portanto, é importante estar atento e buscar auxílio médico para investigação adequada.
Quando realizado o diagnosticado precoce, o câncer colorretal apresenta grandes chances de cura. Por este motivo, diversas instituições preconizam exames de rastreamento que incluem pesquisa de sangue oculto nas fezes e teste de DNA fecal, colonoscopia e retossigmoidoscopia.
O tratamento da doença depende do grau de invasão, localização e da extensão do tumor. Mas a cirurgia para retirada da parte afetada é geralmente a primeira etapa e, após, pode ser necessário a complementação com quimioterapia. Em casos específicos como tumores do reto, a radioterapia também pode ser necessária.