Dia Nacional do Voluntariado: 6 coisas que você pode doar e que não custam nada
O Dia Nacional do Voluntariado é celebrado hoje (28 de agosto). Trata-se de uma data marcada para o reconhecimento e a valorização das pessoas que desempenham, de forma altruísta, algum tipo de trabalho para o bem de outrem. Isso significa que voluntariado e solidariedade não necessariamente estão relacionados a dinheiro.
Se você não pode dedicar valores pontuais ou mensais para as causas que apoia, uma boa alternativa é doar aquilo que não tem preço. Na lista abaixo, o Busca Voluntária destaca seis formas de doar sem gastar absolutamente nada, mas de uma maneira que pode mudar (e até salvar) a vida de muitas pessoas.
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1. Sangue
Doar sangue é um dos maiores atos de solidariedade que alguém pode fazer. Afinal, uma pequena quantidade de sangue pode salvar a vida de pessoas em situações de emergência, transplantes, procedimentos oncológicos e cirurgias, além de promover bem-estar e longevidade para quem convive com doenças crônicas graves.
De acordo com o Ministério da Saúde, uma única doação de sangue pode salvar até quatro vidas. Por isso, é importante que as pessoas aptas a doar adotem uma postura regular e espontânea de fazer essa boa ação, para que os bancos de sangue do Brasil tenham sempre estoque de sobra para atender a todos os que precisarem. O Busca Voluntária já fez uma matéria completa sobre doação de sangue com requisitos, impedimentos e tudo o que você precisa saber antes de doar.
2. Medula óssea
A doação de medula óssea é fundamental para o tratamento de doenças que comprometem a produção de células sanguíneas, como a leucemia. Encontrada no interior dos ossos, a medula óssea tem as células-tronco hematopoiéticas responsáveis pela produção dos componentes do sangue. Entre eles os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas.
Doar medula óssea não custa nada. Basta ter entre 18 e 55 anos, não apresentar doença infecciosa transmitida pelo sangue ou histórico de doença neoplástica (câncer), hematológica ou autoimune. Para se cadastrar ao procedimento, o doador deve apresentar um documento com foto e preencher um formulário. É necessário também a coleta de uma amostra de sangue (5 ml) para os testes de compatibilidade do transplante.
Seus dados serão adicionados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Caso aconteça a identificação de compatibilidade com algum paciente, você será contatado para confirmar a compatibilidade e agendar a doação.
3. Plaquetas
As plaquetas são elementos presentes no sangue fundamentais para a coagulação – desde cicatrização de feridas até a reparação de vasos sanguíneos. Elas são extremamente importantes para pacientes em tratamento do câncer, por exemplo, que sofrem com a deficiência dessas estruturas após cirurgias, transplantes de medula ou sessões de quimioterapia.
A doação é feita como a doação de sangue tradicional, pelo braço. Contudo, ela é realizado por meio de um processo chamado aférese, que funciona de forma bastante simples. Após a coleta do sangue, é feita a sua centrifugação para separar os componentes presentes ali e reter parte das plaquetas. Depois, o restante desse elemento e os outros componentes são devolvidos ao doador.
O organismo fará a posição das plaquetas coletadas de forma natural, em cerca de 48 horas. Por isso, é possível fazer até quatro doações de plaquetas por mês. Os pré-requisitos para doar são: estar alimentado, não ter feito uso de medicamentos anti-inflamatórios, não estar grávida ou alcoolizado no dia da doação – além das entrevistas comuns à doação tradicional de sangue.
4. Cabelo
Em especial para mulheres e meninas, a perda de cabelo comum no tratamento do câncer pode ser devastadora. Por isso, uma série de ONGs trabalham para fazer a coleta de cabelo e transformar os fios em perucas para doação.
O processo para doar é totalmente gratuito. Basta verificar os pré-requisitos e as recomendações indicadas pelas ONGs para o corte correto dos cabelos. As especificações podem variar, mas, no geral, é preciso separar pelo menos 15 cm de cabelo, sempre seco e amarrado com um elástico (para que os fios não escapem). O Busca Voluntária já fez uma lista com ONGs que recolhem cabelos para confeccionar perucas, mas há uma série de outras que contam com a sua doação.
5. Tempo, atenção e conhecimento
Este é o método mais tradicional de voluntariado, no qual você doa tempo, atenção e conhecimentos para ajudar o próximo. Independentemente de ser feito de forma pontual ou ao longo de toda a vida, esse gesto altruísta não custa nada, mas tem valor enorme.
Nessa modalidade, há uma infinidade de formas de doar seu tempo ao próximo. Entre elas, contando histórias para crianças que vivem em abrigos, distribuindo comida para moradores de rua, ensinando alguém a ler ou oferecendo sua casa para ser o lar temporário de um animalzinho. O importante é que isso seja feito por vontade própria, com dedicação e com o mesmo comprometimento que você teria em uma atividade remunerada.
Os voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV), por exemplo, dedicam tempo e atenção para quem deseja conversar de forma anônima, sem julgamentos ou críticas. Para ser um plantonista do Programa de Apoio Emocional do CVV, é preciso ter 18 anos, pelo menos quatro horas disponíveis por semana e vontade de ajudar o próximo.
6. IRPF e notas fiscais
Pouca gente sabe, mas é possível fazer uma doação para projetos sociais ao declarar o Imposto de Renda (IRPF). A quantia destinada à doação no momento da declaração pode ser de até 3% do valor da restituição ou do imposto a ser pago.
Em 2021, entrou em vigor a Lei 13.797/2019, que tornou possível doar recursos para fundos municipais, estaduais e nacionais de idosos diretamente na declaração. Há mais tempo, também já é possível fazer doações para fundos do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Outra alternativa é doar suas notas e cupons fiscais para entidades sociais. Com essa prática, as ONGs podem resgatar os créditos acumulados nas compras e participar de sorteios. É importante, contudo, que elas estejam sem o CPF. A doação pode ser via site ou aplicativo de diversos projetos, mas, o ideal, é conferir as entidades cadastradas no site da Secretaria da Fazenda do seu estado.
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