A região de Quebec, no Canadá, registra a taxa mais alta de contaminação pelo novo coronavírus no país. No total, são mais de 43.600 casos confirmados e 3.597 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins.
Neste episódio da série de entrevistas Covid-19 pelo mundo, o contador canado-brasileiro Cleiton Martins, de 45 anos, fala sobre o dia a dia da população em Saint-Hubert, na província de Quebec. Lá, assim como nas outras partes do país, as pessoas estão praticando o isolamento social, imposto pelo governo canadense em 17 de março.
Covid-19 pelo mundo: região de Quebec
O Canadá adotou uma lista de serviços essenciais que varia de acordo com o desenvolvimento da curva. No início da ascendência, apenas as áreas de alimentação, saúde e transporte podiam atuar normalmente. Depois, com a curva caindo, foram adicionados serviços como mecânica de automóveis e comercio de construção.
“Minha esposa e eu estamos fazendo home office com o nosso filho de 5 anos em casa. Não é fácil trabalhar e, ao mesmo tempo, organizar atividades para ele”, explica Cleiton. “Tentamos manter um programa de aprendizado no lar. Meu filho continua seguindo alguns cursos virtuais e, no tempo livre, estimulamos áreas distintas para que ele se desenvolva”, completa.
Para o ensino, não há uma orientação oficial. “Algumas escolas estão apostando em encontros virtuais entre professores e alunos, para manter um elo. Além disso, existem professores do primário que estão criando e disponibilizando vídeos com conteúdo para ajudar as crianças”, afirma o canado-brasileiro.
Um novo estilo de vida
Cleiton conta que, antes da pandemia, a região de Quebec já vinha adotando um movimento para incentivar compras em comércios locais e reduzir a produção de lixo. “Com o confinamento, as pessoas estão comprando mais online e diretamente desses estabelecimentos. Acho que todos estão percebendo que é uma fórmula boa, pois os produtores têm uma margem maior de lucro, e os consumidores adquirem alimentos mais frescos. Acredito que essa tendência vai se manter no pós-confinamento”, comenta.
Assim como no Brasil, as lives e shows online se tornaram algo comum no Canadá. “Você compra seu ingresso e interage com o artista. Caso o confinamento seja prolongado, acho que é uma ideia que pode pegar. Quem quiser assistir ao show da banda favorita, por exemplo, não precisa esperar que ela venha à cidade ou deslocar-se até a região onde a apresentação iria acontecer”, finaliza.
COVID-19 PELO MUNDO: SÉRIE DE ENTREVISTAS
OBusca Voluntária e o Rota de Férias estão conversando com pessoas de todo o planeta para saber como o coronavírus está afetando a realidade de suas cidades. Confira os outros capítulos da série: