Viajar com cães e gatos: dicas para deslocamento seguro
Chegaram as férias de julho e os tutores de cães e gatos se preocupam sobre o que fazer com seus animais nesse período. Independentemente de o pet viajar ou não com a família, é fundamental fazer um planejamento para garantir o seu bem-estar e evitar surpresas desagradáveis que possam prejudicar a viagem. Bruno Alvarenga, professor de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), destaca questões para preservar a saúde dos bichos e descreve o passo a passo para viagens de carro e de avião, incluindo as normas para viagens internacionais.
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A primeira recomendação é definir se os animais viajarão junto ou ficarão na cidade. Para aqueles que ficam, existem opções como hospedagem em Pet Hotéis ou estabelecimentos veterinários, que geralmente exigem vacinas, vermifugação e controle de ectoparasitas atualizados. Outra possibilidade é deixá-los na casa de conhecidos ou sob cuidado de parentes, amigos ou pet sitters. “Caso os pets permaneçam na cidade, o mais adequado é ficar em casa, especialmente os animais que não requerem cuidados especiais e podem ficar sem supervisão contínua. O ambiente familiar, com o cheiro dos donos e suas marcações, oferece maior conforto”, indica Bruno.
O docente do CEUB ressalta que todos os animais exigem cuidados diários e monitoramento, mesmo quando estão em casa. “Não é suficiente disponibilizar água e comida com quantidades suficientes para os dias em que estarão ausentes. Além do acúmulo de excretas, não há como garantir que os itens permanecerão viáveis durante todo o período”, alerta. Outro aspecto a se considerar é o temperamento do pet. Bruno recomenda que animais agitados sejam acomodados em hotéis com atividades, brincadeiras e exercícios diários. Já aqueles com doenças crônicas ou que demandam cuidados especiais podem se beneficiar ao ficar em clínicas ou hospitais veterinários.
Quem opta pelo aéreo deve pesquisar as normas de transporte de animais de cada companhia antes de adquirir as passagens. “Todas as empresas exigem a carteira de vacinação com a vacina antirrábica válida, uma caixa de transporte que permita que o animal gire 360º e atestado de saúde emitido por médico veterinário até 10 dias antes da viagem”, destaca. Para famílias que viajam de carro, além da documentação sanitária, é necessário utilizar cinto de segurança adequado ou caixas de transporte, a fim de prevenir acidentes. “Também é recomendado fazer paradas periódicas para oferecer água e permitir que os animais façam necessidades fisiológicas.”
Viajar com cães e gatos: destino internacional
No caso de viagens internacionais, o médico veterinário aconselha buscar informações sobre as normas sanitárias de entrada de animais no país de destino, que geralmente estão disponíveis nos sites das entidades responsáveis. “Entre os locais mais comuns entre os brasileiros, temos países da União Europeia e os Estados Unidos, que possuem normas diferentes, resumidas no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no portal GOV”, destaca Bruno.
Confira as dicas do médico veterinário:
- É necessário, primeiramente, inserir um microchip de identificação ao viajar com cães e gatos, vaciná-los contra a raiva e aguardar 30 dias para realizar um exame que permita obter o Certificado de Sorologia de Raiva – que pode levar até um mês para ser emitido.
- Posteriormente, os tutores devem levar seus animais ao veterinário, no máximo, cinco dias antes da data do embarque para obter atestado de saúde veterinária nacional e acessar o portal GOV para emitir o Certificado Veterinário Internacional, válido por três dias.
- Aos animais que serão levados para países da União Europeia, é exigido vermífugo e medicação para controle de pulgas e carrapatos. Já aqueles com destino aos Estados Unidos, deve ser feita reserva prévia em um Centro de Cuidados Animais aprovado pelo CDC, onde será realizada a quarentena, exames e aplicação de nova vacina antirrábica.
- Além das exigências de saúde e burocráticas, independentemente do destino, deve-se consultar previamente se o local de hospedagem aceita animais, manter placa de identificação com telefone na coleira do animal, para facilitar sua localização em caso de fuga, e pesquisar unidades veterinárias próximas à hospedagem, se necessário.
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