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Mitos e verdades sobre a vacinação no Brasil

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A vacinação é algo cada vez mais importante para a sociedade. Seja a BCG, a vacina contra pólio, covid-19 ou HPV, o imunizante tem por objetivo prevenir doenças infecciosas ou sua forma grave, diminuindo os riscos de internação, disseminação da doença e óbitos, podendo levar até a erradicação da doença. A vacinação no Brasil, entretanto, se tornou assunto presente nas conversas do dia a dia da população após a pandemia.

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A cobertura vacinal vem apresentando uma queda importante. Segundo o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal do País em 2022 ficou em cerca de 67,94%, sendo que o recomendado é acima de 95%. Segundo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) de abril de 2023, no Brasil, cerca de 26% da população infantil não recebeu nenhuma dose de vacina em 2021. Nesse cenário, entender como as vacinas são feitas pode ser uma resposta para a desinformação.

De acordo com a infectologista pediátrica na Rede de Hospitais São Camilo, Claudia Maekawa Maruyama, as vacinas foram responsáveis por erradicar somente a varíola.“Doenças como a paralisia infantil, sarampo, rubéola, coqueluche, tétano, não estão erradicadas, mas são efetivamente controladas pela vacinação no Brasil”, comenta.


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E como alguns mitos sempre são levantados quando o tema é vacinação, Claudia esclarece quatro deles:

Mito: Vacinas podem causar doenças

As vacinas não tem o potencial de fazer com que a pessoa desenvolva a doença, mesmo quando feitas do “próprio” vírus. O que acontece é que o antígeno – molécula que fará com que os anticorpos reajam – do qual a vacina é produzida pode ser feito por meio de formas genéticas mais fracas ou inativadas de uma determinada doença. Isso é feito para que o sistema imunológico possa reconhecer aquele organismo e aprender a combatê-lo, mas a dose da vacina não tem nenhuma capacidade de causar doenças.

Mito: Tomar mais de uma vacina pode causar efeitos colaterais perigosos

As vacinas podem possuir efeitos colaterais leves como febre ou dores no local da aplicação, porém, não são capazes de causar autismo, por exemplo. “Podem acontecer casos raros de reações adversas incomuns, porém é mais provável que uma pessoa fique gravemente adoecida ao ser acometida por uma condição que pode ser prevenida, do que por tomar a vacina”, explica a infectologista. No entanto, tomar mais de uma vacina em um mesmo dia, não acumula ou intensifica as reações.

Depende: Apenas uma dose da vacina é suficiente para a prevenção

Cada vacina possui seu esquema vacinal. Algumas demandam somente uma dose, no entanto, as vacinas da Hepatite B e da HPV necessitam de outras doses. Já outras necessitam de reforço, por exemplo, a anti-tetânica a cada 10 anos. Para aquelas que necessitam de mais de uma dose ou reforço, receber  somente a primeira dose não é o suficiente para prevenir a doença.

Verdade: Não é todo mundo que pode tomar vacinas

Para determinadas vacinas, pode existir contra indicação, como alergias graves (anafilaxia) a algum componente ou condições de saúde, como imunossupressão grave, que podem contraindicar o recebimento. “Ressalto a importância da imunização coletiva para que essa parcela também esteja protegida contra as doenças”, esclarece a infectologista. É importante ressaltar que todos os imunizantes usados na vacinação no Brasil são regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que possam ser disponibilizados nas redes de saúde.

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