O ex-jogador de futebol Thierry Henry, que ganhou a Copa do Mundo com a seleção francesa e se destacou em clubes como Arsenal e Barcelona, decidiu sair das redes sociais em protesto contra o racismo. A decisão do ídolo francês tem como objetivo pressionar plataformas como Instagram, Twitter e Facebook a combaterem comentários e postagens preconceituosas de forma mais efetiva.
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“A partir da manhã de amanhã estarei me retirando das redes sociais, até que as pessoas no poder sejam capazes de regular suas plataformas com o mesmo vigor e ferocidade que fazem atualmente quando vocês infringem direitos autorais”, disse o ex-jogador, no final de março. “O grande volume de racismo, intimidação e tortura mental para alguns indivíduos é muito tóxico para ser ignorado. Tem que haver alguma responsabilidade. É muito fácil criar uma conta, usá-la para intimidar e assediar sem consequências e ainda permanecer anônimo. Até que isso mude, vou desabilitar minhas contas em todas as plataformas sociais. Espero que isso aconteça em breve”, completou Henry.
Infelizmente, relatos de preconceito nas redes sociais não são raros. Nos últimos meses, vários jogadores de futebol sofreram abusos racistas nas mídias digitais. Entre eles, Anthony Martial, Romaine Swayer, Marcus Rashford, Kemar Roofe, Mason Greenwood e o brasileiro Fred, que joga no Manchester United, na Inglaterra.
“As coisas estão um pouco melhores no estádio, mas agora o problema mudou para as redes sociais, onde as pessoas podem se esconder”, disse Henry à CNN. “Esse problema já se arrasta há muito tempo e não é um ataque a ninguém. Trata-se de tornar o lugar mais seguro”, ressaltou.