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Resgate de animais pós-desastre requer preparo, disciplina e muito cuidado

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Enchentes. Incêndios. Deslizamentos. Rompimentos de barragens. Independentemente da ocorrência, quando um desastre ocorre o clamor público é imediato. Profissionais das mais diversas áreas se sensibilizam e se dispõem a colaborar. Porém, é importante lembrar que, para atuar nessas situações, além de disposição, é preciso experiência e planejamento. Isso se aplica tanto no trabalho de busca e no alívio do sofrimento das pessoas, quanto na preservação do meio ambiente e no resgate dos animais.

Médicos-veterinários de todo o Brasil estão se dirigindo para Minas Gerais para apoiar no trabalho de resgate de animais em Brumadinho (MG). Entre eles está Rosângela Gebara, integrante da Comissão de Bem-estar Animal do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP), que destaca a necessidade do trabalho de resgate dos bichinhos ser feito por especialistas.



“As pessoas que atuam em desastres deveriam passar por um treinamento prévio. É muito importante seguir todas as regras, utilizando técnicas de resgate para cada tipo de acidente e de espécie – se de grande ou pequeno porte, assim como equipamentos adequados. São diversas especificidades”, explica a profissional. Ela ainda lembra da importância de as faculdades de Medicina Veterinária terem cursos de manejo de animais em situação de desastres, para oferecerem esse treinamento.

Segundo a especialista, o trabalho de resgate não se concentra apenas na fase pós-desastre. “Existe toda uma questão de tentar resgatar esses animais com vida nas primeiras 72 horas, quando se tem mais chances de sucesso. Porém, existe um importante trabalho também a ser feito a médio e longo prazos”, afirma Rosângela.


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Entre as ações realizadas nessas situações pós-desastre estão: encaminhar os animais feridos para atendimento médico-veterinário, ter um controle de doenças e zoonoses nesses locais em que os animais serão concentrados posteriormente, e, no caso de óbito, ter destinação de adequada para minimizar os problemas de saúde pública, pois algumas doenças podem ser disseminadas pelas carcaças.

“Além disso, é necessário todo um trabalho de tentar fazer com que o município e o Estado estabeleçam planos de contingência, para que, em caso de desastre semelhante no futuro, seja ele natural ou por ação humana, o impacto para todos, inclusive os animais seja menor”, conclui Rosângela.

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