Projeto social quer empoderar mulheres da periferia de São Paulo
Com o objetivo de reduzir os índices de violência doméstica e feminicídio entre mulheres periféricas da cidade de São Paulo (SP), um grupo de três jovens idealizou, em 2018, o coletivo Feminismo Comunitário RP. A partir da reflexão “como é ser mulher dentro de uma comunidade”, o projeto é voltado para moradoras (a partir dos 15 anos) do Real Parque e do Jardim Panorama, no Morumbi, que carecem de espaços de autocuidado, atenção e participação social.
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Desde a criação, mais de 230 mulheres já passaram pelo projeto – atualmente, em função da pandemia, os encontros são realizados virtualmente. As atividades são planejadas pelas próprias participantes e têm como foco promover espaços de escuta, diálogo e temas ligados à qualidade de vida. Às segundas-feiras é possível acompanhar a oficina online de yoga. Já às quartas-feiras, o tema é dança do ventre. Nos últimos meses, o coletivo também organizou lives com profissionais da saúde, vivência de corte e costura, oficina de produção de cosméticos naturais e entrega de coletores menstruais.
“O Feminismo Comunitário tem somado impactos significativos na vida das participantes. As alunas da dança do ventre, por exemplo, passaram a aceitar seus corpos como são a partir da dança. Além disso, as que fazem yoga já apresentam melhoras significativas na saúde. São conquistas como essas que nos fazem ver como o coletivo é importante, principalmente para mulheres que estão em espaços de pouca assistência e visibilidade social”, comenta Bárbara Lima, uma das realizadoras do coletivo.
A iniciativa está entre as contempladas pelo edital aTUAção Perifasul, uma parceria entre Fundação Alphaville, Instituto Jatobás, Macambira Sociocultural e Fundação ABH. Idealizada pela Alphaville Urbanismo, a Fundação Alphaville já desenvolveu mais de 250 projetos em seus 20 anos de atuação, estimulando o protagonismo social de pessoas e comunidades por todo o País.
“Sabemos que o trabalho social desenvolvido pelos coletivos comunitários é crucial, porque são eles que vivenciam os problemas e obstáculos do dia a dia. Por isso, a partir do olhar conjunto entre comunidade, poder público e empresas, podemos ajudar a estruturar a rede que fará com que essas mudanças sociais ganhem notoriedade, encontrem investimento e se solidifiquem”, afirma Fernanda Toledo, diretora da Fundação Alphaville.