Os bebês são extremamente vulneráveis, principalmente nas primeiras semanas de vida. Um dos passos mais importantes para garantir que cresçam confiantes e saudáveis é fortalecer o vínculo familiar – e é aí que entra o papel paterno.
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Quem exerce o papel paterno pode fazer muita diferença nesse processo. Com o estabelecimento do primeiro vínculo, moldar a maneira como o bebê vai vivenciar relacionamentos futuros.
O Dia dos Pais é comemorado no próximo domingo (8). Para celebrar a data, o Busca Voluntária e a marca especialista em bebês MAM Baby conversaram com a psicóloga e psicanalista Lia Keuchguerian Silveira Campos. Ela explica como a pessoa que exerce o papel paterno pode ajudar o bebê a se tornar uma criança saudável, forte, autoconfiante e afetuosa.
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Papel paterno e a proteção aos bebês
Em 1930, Freud escreveu que não conseguia pensar em nenhuma necessidade da infância tão intensa quanto a da proteção de um pai. Esse vínculo pode se estabelecer desde a gestação, com uma música cantada para o bebê ainda na barriga, por exemplo. Quando nasce, ele tem a capacidade de se lembrar da canção, o que pode ser importante nos momentos em que a criança precisa se acalmar.
Em algumas circunstâncias, a pessoa que assume o papel paterno pode ser vista como intrusa na relação mãe-bebê. Por isso, o ideal é que o vínculo seja estabelecido desde antes do nascimento e cultivado no dia a dia da criança.
É nessa constância que o bebê entenderá a importância desse elo. Ele se permitirá receber e, até mesmo, trocar afeto para se desenvolver de maneira saudável.
“O pai é responsável por ampliar o universo do bebê de forma atraente e segura, ele garante um ambiente facilitador satisfatório, estabelece os limites de proteção e inclui a criança na cultura”, afirma Lia. Para ela, a melhor maneira de desenvolver o vínculo com o bebê é participar da rotina de cuidados. “Ao se sentir protegidos, amparados e satisfeitos de suas necessidades, os bebês se sentem seguros para fortalecer o relacionamento com o cuidador”, explica a psicóloga.
Uma pessoa que alimenta o bebê, dá banho e nina o bebê é reconhecida como uma figura de proteção, o que traz uma sensação de segurança para os pequenos. Ter essa confiança básica fortalecida pelo amor e cuidado é a melhor base para se tornar uma pessoa forte, autoconfiante e afetuosa.
Outro papel indispensável o papel paterno é oferecer suporte para a mãe. É essencial acolher essa mulher que, na maioria dos casos, se sente fragilizada no pós-parto diante das muitas demandas do bebê.
É muito importante que o pai dê total apoio à mãe ao bloquear interferências externas e solucionar outras questões da rotina. Assim, ela pode viver e se entregar à preocupação materna primária de forma tranquila.