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Outubro Rosa: 11 mitos e verdades sobre o câncer de mama

mitos e verdades sobre o câncer de mama

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O câncer ainda é considerado um tabu. Portanto, as pessoas ainda têm diversas dúvidas sobre o assunto. A campanha Outubro Rosa busca explorar mais o debate sobre essa doença e sanar as questões sobre o tema. Para esclarecer alguns pontos, o Busca Voluntária conversou com Maria Fernanda de Oliveira Zerneri, mastologista do Instituto Brasileiro de Controle ao Câncer (IBCC). A profissional respondeu algumas das perguntas mais frequentes sobre o câncer, apontando mitos ou verdades. Confira as respostas a seguir.

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Quem menstrua muito cedo ou é mãe depois dos 30 anos tem maior probabilidade de desenvolver a doença?
Verdadeiro. A menarca precoce está associada ao risco aumentado de câncer de mama, devido ao maior tempo de exposição ao estímulo do estrogênio (hormônio). Enquanto a primeira gestação após os 30 anos torna-se fator de risco por um atraso no amadurecimento e diferenciação das células mamárias, facilitando erros na duplicação celular.

Praticar atividade física ajuda na prevenção?
Verdadeiro. A prática regular de atividade física atua como fator protetor ao câncer de mama, porque promove a manutenção ou redução do peso corporal, queda da resistência insulínica, melhora do sistema imunológico e diminui a inflamação crônica no organismo.

Próteses de silicone podem causar câncer?
Mito. Até o momento não existem evidências científicas da associação de implantes mamários como causa do câncer de mama.

Homens podem ter câncer de mama?
Verdadeiro. Os homens podem desenvolver esse câncer. Entretanto, os casos da doença em indivíduos do sexo masculino são raros e representam menos de 1% dos casos de câncer de mama, relatados em todo mundo.

A amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama?
Verdadeiro. A amamentação é fator protetor, pois a mulher tem uma pausa na ovulação. Por isso, há uma diminuição na produção de hormônios e o amadurecimento do tecido mamário.

Tratamento hormonal ajuda na cura de tumores na mama?
Verdadeiro. Os tumores de mamas, receptores de hormônios positivos (estrógeno ou progesterona), possuem benefícios no tratamento com hormonioterapia específica para cada faixa etária.

Mulheres com seios menores têm menos chances de desenvolver câncer de mama?
Mito. O tamanho mamário não interfere no desenvolvimento desse câncer.

Pessoas obesas ou sedentárias têm maior probabilidade de desenvolver um câncer de mama?
Verdadeiro. O ganho de peso e o acúmulo de gordura corporal, juntamente com o sedentarismo, promovem o aumento dos níveis dos hormônios sexuais (estrógeno e progesterona) circulantes, principalmente nas mulheres pós-menopausa, aumentando risco de desenvolver câncer de mama.

Câncer de mama só aparece em quem tem histórico familiar?
Mito. Sabe-se que histórico familiar aumenta o risco de desenvolver câncer de mama, principalmente em familiares de primeiro grau (pai, mãe, irmã, irmão, filho, filha), porém qualquer pessoa pode desenvolver a doença. A ocorrência do câncer de mama na maioria das vezes são esporádicos e não hereditários.

Se a pessoa só fizer o autoexame, ela não precisa realizar outros exames?
Mito. O autoexame é uma ferramenta importante para auxiliar no diagnóstico de lesões palpáveis na mama, porém a mamografia é o método de rastreamento do câncer. Esse teste é capaz de identificar lesões muito pequenas, favorecendo o diagnóstico da doença em estágios iniciais, promovendo o aumento da sobrevida da paciente.

A mamografia só deve ser realizada a partir dos 40 anos?
Verdadeiro. O rastreamento mamográfico deve ser iniciado aos 40 anos de idade, e realizado anualmente. O rastreamento antes dessa idade é realizado para mulheres com alto risco para desenvolver a doença. São, normalmente, as que possuem familiares de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama antes dos 50 anos. Nesse caso, é preconizado iniciar o rastreamento 10 anos antes do diagnóstico familiar, com início mínimo aos 25 anos.



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