A Microsoft Brasil desenvolveu novas ferramentas voltadas para a inclusão das pessoas na sociedade. O mais recente projeto de pesquisa do time de Engenharia e Inovação da empresa tem o objetivo de melhorar a experiência de locomoção dos cadeirantes. Seu objetivo é aprimorar as funcionalidades de uma cadeira de rodas motorizada que pode ser guiada apenas com o olhar.
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A iniciativa é inspirada em um projeto original concebido pelo Microsoft AI and Research, em 2014. Uma maratona de programação interna tentava ajudar Steve Gleason, ex-jogador da NFL (sigla em inglês para Liga Nacional de Futebol Americano). O ex-atleta tem restrições de mobilidade impostas pela esclerose lateral amiotrófica (ELA).
A doença neuromuscular não tem cura e causa morte gradativa dos neurônios responsáveis pelos movimentos. Os pesquisadores, então, mapearam o padrão de movimento ocular para que ele funcionasse como um ponteiro de mouse. O objetivo era conseguir controlar a cadeira livremente em qualquer direção. Esse projeto originou o recurso Eye Control (Controle pelo Olhar), presente no Windows 10, que rastreia os movimentos oculares para substituir o uso do mouse e do teclado.
Novos avanços
Agora, a equipe de Engenharia e Inovação da Microsoft Brasil inspirou-se no sistema para explorar suas possibilidades de avanços e inovação. Para isso, adicionou dois novos recursos ao projeto. A iniciativa brasileira usa como base a biblioteca de APIs de controle ocular Eyedrive. O primeiro utilizou cadeiras motorizadas cedidas pela Ortobras. A ideia era fazer pequenos ajustes na plataforma, adaptando o Controle pelo Olhar aos equipamentos vendidos no país.
Já o segundo tornou a solução de acessibilidade ainda mais eficiente. A função macro de movimento permite que o próprio cadeirante registre uma sequência de comandos oculares. Depois, é possível salvar esse material para que ele possa ser reproduzido posteriormente. Isso faz com que a locomoção da pessoa com deficiência seja automatizada por trajetos rotineiros. Tudo pode ser realizado com um único atalho.
Para o Diretor de Engenharia e Inovação da Microsoft Brasil, Alessando Jannuzzi, esse projeto exploratório de pesquisa reforça a capacidade de desenvolvimento de tecnologias no país. “É muito gratificante podermos contribuir com um projeto que gera autonomia para pessoas com deficiência. Isso faz parte da nossa missão de empoderar cada pessoa para que elas possam conquistar mais”, afirmou.