Mito ou verdade: aferir temperatura pelo pulso funciona?
Com a flexibilização das regras no comércio, o termômetro digital se tornou uma ferramenta de trabalho para detectar o novo coronavírus. O problema é que boa parte dos profissionais que ficam na porta dos estabelecimentos, controlando a entrada de pessoas, aferem a temperatura pelo pulso. Mas até que ponto isso é correto?
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A aferição é uma das tantas medidas para detectar se uma pessoa está com a covid-19, sendo, inclusive, uma orientação do Ministério da Saúde. Por isso, é necessário identificar a febre logo na porta. Assim, é possível barrar a pessoa e impedir que ela possa espalhar a doença no local. Porém, muitas instituições não estão fazendo isso da forma correta.
Após uma fake news espalhar que o infravermelho do termômetro danificava a glândula pineal, estabelecimentos passaram a orientar os funcionários a aferir a temperatura pelo pulso. Só que, além de o aparelho não penetrar fundo na pele e não causar danos aos humanos, tal método é ineficaz.
“A temperatura pelo pulso é mais baixa do que a apresentada em nossas testa, axilas e virilha. Isso se dá pelo fato de nosso corpo fazer a vasoconstrição, que diminui o tamanho dos vasos sanguíneos. Com isso, vai menos sangue para nossas mãos e nossos punhos, que são mais frios. Assim, a aferição deve ser feita em locais que são capazes de identificar realmente a temperatura corpórea”, explica Felipe Magalhães, especialista em clínica médica da plataforma de ensino em medicina Jaleko.
O clínico geral ainda aponta que, para uma aferição correta, a manutenção do termômetro deve estar em dia. O sensor deve estar sempre limpo. Felipe também alerta sobre a falsa sensação de segurança, considerando que existem pessoas infectadas que não apresentam sintomas. Portanto, é necessário continuar com outras medidas protetivas, como distanciamento social e uso de máscara e álcool gel.
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