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10 livros para entender o que é o movimento feminista

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Nos últimos anos, o feminismo é um dos assuntos mais debatidos dentro e fora da internet. De extrema importância no contexto atual, o termo está relacionado à luta por equidade entre mulheres e homens – isto é, justiça, diretos e oportunidades iguais independentemente do gênero.

Para ajudar os leitores na jornada de entender mais sobre como essa luta nasceu, se desenvolveu e se tornou indispensável à liberdade de mulheres, crianças e homens, o Busca Voluntária montou uma lista com 10 livros básicos para entender o movimento feminista. Confira:



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Quem Tem Medo do Feminismo Negro? (2018), de Djamila Ribeiro


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Quem tem medo do feminismo negro? reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista Carta Capital, entre 2014 e 2017. No texto de abertura, a filósofa e militante recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que chama de “silenciamento”, processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação.

O Mito da Beleza (1990), de Naomi Wolf

Um dos livros mais importantes da terceira onda feminista. Em O mito da beleza, a jornalista Naomi Wolf afirma que o culto à beleza e à juventude da mulher é estimulado pelo patriarcado e atua como mecanismo de controle social para evitar que sejam cumpridos os ideais feministas de emancipação intelectual, sexual e econômica conquistados a partir dos anos 1970. As leitoras e os leitores encontrarão exposta a tirania do mito da beleza ao longo dos tempos, sua função opressora e as manifestações atuais no lar e no trabalho, na literatura e na mídia, nas relações entre homens e mulheres e entre mulheres e mulheres.

Mulheres Que Correm Com os Lobos (1989), de Clarissa Pinkola Estés

Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam.

A Mística Feminina (1963), Betty Friedan

A Mística Feminina investiga como foi construída e mantida a norma social que defina mulher a partir de uma existência frívola, consumista, devotada ao lar, ao marido e aos filhos, à qual estaria fadada. Criticado por algumas pessoas e louvado por outras, A Mística Feminina é um livro essencial para compreender a história de opressão e libertação das mulheres, porque revela os mecanismos de controle de gênero, afirmando o que nem sempre é óbvio em uma sociedade machista: as mulheres são seres humanos complexos, cada uma com desejos particulares, e capazes de gerir sozinhas a própria vida.

Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade (1990), Judith Butler

Neste livro inspirador, que funda a Teoria Queer, Judith Butler apresenta uma crítica contundente a um dos principais fundamentos do movimento feminista: a identidade. Para Butler, não é possível que exista apenas uma identidade: ela deveria ser pensada no plural, e não no singular. Ou ainda, não é possível que haja a libertação da mulher, a menos que primeiro se subverta a identidade de mulher.

O Feminismo é Para Todo Mundo: Políticas Arrebatadoras (2000), Bell Hooks

Com peculiar clareza e franqueza, Hooks incentiva leitores a descobrir como o feminismo pode tocar e mudar, para melhor, a vida de todo mundo. Homens, mulheres, crianças, pessoas de todos os gêneros, jovens e adultos: todos podem educar e ser educados para o feminismo. Apenas assim poderemos construir uma sociedade com mais amor e justiça.

Sejamos Todos Feministas (2015), Ngozi Adichie

Neste ensaio agudo, sagaz e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para pensar o que ainda precisa ser feito de modo que as meninas não anulem mais sua personalidade para ser como esperam que sejam. E que os meninos se sintam livres para crescer sem ter que se enquadrar nos estereótipos de masculinidade. Nota: a versão digital do livro está de graça na Amazon, baixe aqui.

O Segundo Sexo (1949), Simone de Beauvoir

Provedora, vassala, acolhedora. Não importa como se apresenta, o lugar da mulher sempre foi definido pelo homem. Este configura a posição central na sociedade. O homem – que tomou para si a definição de “ser humano” – relega à mulher uma posição secundária, um papel de coadjuvante na História. Foi a partir dessa constatação e da pergunta “o que é uma mulher?” que a filósofa existencialista Simone de Beauvoir deu início à sua reflexão para escrever “O segundo sexo”.

Feminismo em Comum: Para todas, todes e todos (2018), Marcia Tiburi

Ao criticar e repensar o movimento, com linguagem acessível tanto a iniciantes quanto aos mais entendidos do assunto, Feminismo em comum busca melhorar nosso modo de ver e de inventar a vida. O feminismo, atualmente, é uma das questões mais importantes enfrentadas pela sociedade. Suas discussões se tornam indispensáveis para a compreensão de uma luta iniciada há muitos anos, que procura desconstruir as injustiças do patriarcado, um sistema ainda profundamente enraizado na cultura e nas instituições.

Os Homens Explicam Tudo para Mim (2017), Rebecca Solnit

Neste ensaio, Rebecca Solnit foca seu olhar inquisitivo no tema dos direitos da mulher começando por nos contar um episódio cômico: um homem passou uma festa inteira falando de um livro que “ela deveria ler”, sem lhe dar chance de dizer que, na verdade, ela era a autora. A partir dessa situação, Rebecca vai debater o termo mansplaining, o fenômeno machista de homens assumirem que, independentemente do assunto, eles possuem mais conhecimento sobre o tema do que as mulheres.



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