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Índices de aleitamento materno crescem no Brasil, indica Ministério da Saúde

Da Redação
17 de Agosto de 2021


Crédito: Imagem de Pexels por Pixabay
Leite materno: aumentam índices da ação nos últimos meses

Dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) 2020, do Ministério da Saúde, indicam que, no último ano, 53% das crianças brasileiras foram amamentadas no primeiro ano de vida. Mais de 45% delas foram alimentadas exclusivamente com leite materno nos primeiros seis meses.

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Os números a respeito do leite materno apontam para um crescimento em comparação aos inquéritos anteriores. Em uma avaliação dos últimos 34 anos, entre 1986 e 2020, houve um aumento de cerca de 1,2% ao ano no índice de amamentação exclusiva em crianças de até seis meses de idade.

Para o Hamilton Robledo, pediatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, o fato reforça a importância de campanhas como a do Agosto Dourado. A iniciativa incentiva o aleitamento materno por meio de uma série de ações que promovem os benefícios da prática à saúde da mãe e do bebê.

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O médico, que também integra o Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria São Paulo (SPSP), explica que o leite materno é o alimento mais completo para as crianças, atendendo a todas as necessidades nutricionais necessárias.

“O leite materno é a primeira vacina do bebê, contribuindo para reduzir em 13% a mortalidade infantil nos primeiros 5 anos de vida”, frisa.

O especialista destaca, a seguir, as principais vantagens da amamentação tanto para a mãe quanto para o bebê.

Para o bebê:

  • Reduz cólicas devido à fácil digestão;
  • Previne anemia, sendo rico em ferro;
  • Reduz o risco de desenvolvimento de doenças respiratórias, como bronquiolite, asma, gripe e resfriado;
  • Fortalece o sistema imunológico, prevenindo quadros de infeções;
  • Ajuda no desenvolvimento adequado da arcada dentária, evitando problemas na fala e com a respiração;
  • Previne raquitismo e doenças reumáticas;
  • Evita problemas gastrointestinais, pois protege a mucosa intestinal;
  • Diminui risco de desenvolvimento de alergias alimentares, como à proteína do leite de vaca, por exemplo;
  • Contribui para o desenvolvimento intelectual.

Para a mãe

  • Ajuda a prevenir doenças como osteoporose e câncer de mama, do endométrio e do ovário;
  • Auxilia na perda de peso após o parto;
  • Previne hemorragias no útero e anemia;
  • Diminui riscos de desenvolver diabetes e doenças cardíacas.

Além destes benefícios, o pediatra do Hospital São Camilo também explica que o ato de amamentar contribui para o fortalecimento do vínculo afetivo entre a mãe e o bebê.

“O leite materno é tão importante que a ONU e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), apoiadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria, recomendam iniciar a amamentação nos primeiros 60 minutos de vida, como forma exclusiva de alimentação até 6 meses de idade e de maneira complementar, quando possível, até os 2 anos de idade”, destaca.

 

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