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Iniciativa da ONU quer levar mais mulheres e pessoas negras a cargos de alta liderança

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Pessoas negras e mulheres ainda encontram grandes desafios para assumir cargos mais altos em empresas que atuam no País. Para lidar com esse problema, a Rede Brasil do Pacto Global da ONU anunciou a ampliação do programa Equidade é Prioridade, que agora conta com duas versões: a de equidade de gênero e a étnico-racial. Realizada em parceria com o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), a iniciativa visa capacitar companhias e convidá-las a assumir compromissos públicos pela equidade em posições de liderança.

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Com o Equidade é Prioridade étnico-racial, as empresas podem assinar compromissos com metas que serão definidas. Elas também conseguem participar do programa de capacitação e mentoria, que terá 10 meses de duração. Além disso, as organizações fazem o Censo da Diversidade, com objetivo de identificar as principais lacunas de diversidade da empresa (não somente a de equidade racial) e de criar um plano de ação.

O Equidade é Prioridade Gênero começou no ano passado e terá seu primeiro ciclo terminado em maio de 2021. Quinze empresas participaram do programa de capacitação. Outras 24 organizações assumiram o compromisso no Brasil, com metas de alcançar a marca de 30% de mulheres em cargos de alta liderança até 2025 ou 50% até 2030. As companhias participantes são: Uber, Pespsico, BRF, Special Dog, Malta Advogados, PWC, BRK Ambiental, Braskem, Schneider Eletric, Movida, Machado Meyer Advogados, Editora Brasileira, Mosaic Fertilizantes, VLI, Talenses Group, Grupo Boticário, Stocche Forbes Advogados, Inoar, Furnas, Fundação Dom Cabral, Blend Edu, Eletrobras, Falconi e SAP.

“Sabemos que ainda falta muito, mas a primeira turma de capacitação do Equidade é Prioridade para mulheres em alta liderança nos mostrou um caminho importante. O setor privado brasileiro está cada vez mais maduro quanto à diversidade, mas necessita aumentar e acelerar”, afirma Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU. “É importante ampliarmos os compromissos públicos sobre equidade. Identificamos também que as empresas precisam dar mais oportunidades para pessoas negras em cargos de liderança e se comprometerem com elas. Só assim vamos produzir o impacto que desejamos na sociedade”, completa.



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