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*Por Tahysa Mota Macedo // Por três sextas-feiras em agosto de 2018, Greta Thunberg e seus colegas realizaram uma greve escolar e se reuniram em frente ao Parlamento Sueco reivindicando medidas concretas dos políticos em prol do meio ambiente. Esse movimento foi postado por ela nas redes sociais e logo viralizou. A ação inspirou jovens pelo mundo que se uniram à causa. Atualmente, existem mais de 14 mil pessoas associadas ao movimento que ocorre em todos os continentes e é chamado de “Fridays for Future”. A grande exposição midiática torna seu rosto, então, associado aos movimentos e protestos pró meio ambiente.

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A ativista discursou na COP2024 (Conferência das Partes) em dezembro de 2018, foi convidada a palestrar na Conferência do Clima da ONU e no Fórum Econômico Mundial, ambos em 2019, apenas um ano após seus primeiros protestos na Suécia. Uma de suas ações muito comentadas foi a viagem realizada de veleiro 100% sustentável a Nova Iorque, para a conferência da ONU, já que os aviões são grandes emissores de gás carbônico – um gás estufa relacionado ao aquecimento global. Nessa conferência, ela se uniu a outros jovens ativistas que se queixavam sobre a falta de compromisso e de ações que visam a proteção da criança aos impactos das mudanças climáticas.

Greta Thunberg, no entanto, não apresenta um discurso totalmente novo. Então, por que tantos seguidores e haters? Seu ativismo ganha notoriedade pelo discurso intenso e devido à rapidez com que sua fala alcança o mundo pelas mídias sociais. Além disso, possui uma aparência diferente daquela que se imagina de um ambientalista, preconceito formado por alguns. Sua estatura reduzida e sua aparência infantil levam à comoção de muitos, mas ao mesmo tempo contradiz com seu discurso alarmante e agressivo.

“Vocês roubaram meus sonhos e minha infância com suas palavras vazias (…) Estamos no início de uma extinção em massa e tudo o que vocês falam gira em torno de dinheiro e um conto de fadas de crescimento econômico eterno. Como ousam?”, disse durante a Cúpula do Clima na ONU, em 2019.

Ver jovens envolvidos e preocupados com as questões ambientais nos leva a refletir sobre nossas ações no presente. Será que estamos vivendo como se não houvesse amanhã? Pois saiba que nossas falas e ações importam. Elas são observadas por crianças e adolescentes, que podem ser mais conscientes do seu papel e de sua influência no meio do que nós fomos anteriormente.

O fato dela ter espaço de fala diante dos grandes representantes mundiais, por sua vez, encoraja muitos jovens, incluindo brasileiros, a também se posicionarem diante das questões ambientais. O efeito Greta Thunberg tem influenciado jovens pelo mundo a se tornarem protagonistas no combate ao aquecimento global. Numa visão cristã, esses jovens estão reassumindo o papel do homem como administrador e protetor do mundo que busca a volta da ordem.

*Tahysa Mota Macedo é doutora em Botânica e professora de Biologia do Ensino Médio do Colégio Presbiteriano Mackenzie – São Paulo

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