O glaucoma é uma doença (muitas vezes, silenciosa) que pode levar à cegueira total. Segundo a pesquisa “As Condições da Saúde Ocular no Brasil 2019”, produzida pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o problema afeta de 2% a 3% da população brasileira acima de 40 anos.
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Glaucoma: o que é e como tratar
Glaucoma: sintomas
Quando há sintomas, a pessoa pode sofrer com redução do campo visual periférico, dor ocular, lacrimejamento, vermelhidão dos olhos, visão embaçada e dificuldade para enxergar no escuro. Náusea, vômito e aumento da pupila também podem ser indícios de glaucoma.
Na fase avançada da doença, a pessoa passa a ter a visão mais turva, com dificuldade de enxergar objetos que estejam próximos de si, por exemplo. Além disso, o paciente enxerga por um campo de visual tubular, vendo somente o a parte central da imagem.
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Como diagnosticar?
O glaucoma pode ser diagnosticado por meio de um exame oftalmológico detalhado, capaz de medir a pressão intraocular. Ele se chama Tonometria e está disponível na maioria das clínicas e consultórios de médicos oftalmologistas.
Fatores de Risco
O principal fator de risco para o glaucoma é o aumento da pressão intraocular. “Não há nenhuma relação com a pressão do corpo, pois não existe máxima, nem mínima. Ela varia em torno de 10 e 20 mmHg (milímetros de mercúrio)”, esclarece Alexandre Misawa, médico oftalmologista do Hospital HSANP.
Pacientes que têm histórico familiar da doença, indivíduos com mais de 40 anos e pessoas negras fazem parte do grupo de risco. Quem tem alto grau de miopia e diabetes também apresenta mais chances de ter glaucoma.
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Tratamentos
Apesar de não ter cura, o glaucoma pode ser controlado. O tratamento mais indicado e utilizado é feito por meio de colírios que atuam na redução ou estabilização da pressão intraocular. Dependendo da evolução do caso, eles podem ser combinados com o uso de medicamentos de via oral.
Outra opção que tem sido utilizada no tratamento é a trabeculoplastia seletiva a laser, que pode ser tão eficaz quanto os colírios. Entretanto, cada caso deve ser avaliado de forma individual.
Por fim, há a cirurgia a laser, que tem por objetivo reduzir a pressão intraocular. Normalmente, o procedimento é realizado com anestesia local e em ambiente totalmente ambulatorial.