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Enxaguantes bucais: o que você precisa saber antes de usar

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Um sorriso saudável deve ser sempre acompanhado de cuidados com a higiene, que deve ser feita a partir da escovação correta dos dentes e da língua, com uso de fio dental e até mesmo escovas interdentais, quando necessário. Além desses, os enxaguantes bucais podem ser adicionados à rotina.

Presente em lojas, farmácias e supermercados – com diversas fórmulas e especificações –, alguns enxaguantes bucais vão além de refrescar a boca, pois desempenham também o papel de auxiliar no processo de higienização, ajudando no controle e combate de problemas como cárie e gengivite.



Ainda assim, apesar de comum na rotina de limpeza dos brasileiros, os enxaguantes bucais causam dúvidas sobre seu uso e qual, entre tantos, é o mais recomendado para o dia a dia.

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Para que servem os enxaguantes bucais?


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De forma geral, os enxaguantes bucais servem apenas como complemento. Portanto, não substituem a escovação e o uso de fio dental, que garantem uma efetiva higiene dos dentes e da boca. “A placa bacteriana que está na superfície dentária só é removida por meio de fio ou fita dental, escova e acessórios, como a escova interdental”, afirma Roney Veludo Araujo, cirurgião-dentista e membro da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

É válido destacar que mesmo auxiliando na limpeza e na prevenção de doenças bucais, no entanto, os antissépticos não eliminam o mau hálito, apenas aliviam momentaneamente o sintoma. Isso porque o incômodo pode ser multifatorial, tendo como causa outras condições, como diabetes e distúrbios gastrointestinais, o que necessita a avaliação de um especialista para o tratamento.

Enxaguantes bucais disponíveis no mercado

O mercado oferece dois tipos de enxaguantes bucais. São eles: os cosméticos e os medicamentosos ou terapêuticos.

“Os cosméticos oferecem a sensação de frescor e de sabor agradável na boca, mas não são efetivos contra os microrganismos que provocam cárie, problemas periodontais, gengivites ou até o mau hálito. O outro grupo, por sua vez, contém propriedades antibacterianas efetivas no combate aos microrganismos”, explica Camillo Anauate Netto, cirurgião-dentista e integrante da Câmara Técnica de Dentística do CROSP.

Os enxaguantes bucais contendo flúor são recomendados para prevenção da cárie dental, já que o composto ajuda a fortalecer o esmalte do dente e combate os microrganismos que provocam a cárie. Esse produto é indicado principalmente para crianças acima de 6 anos. Nessa faixa etária, os pequenos já sabem bochechar sem o risco de engolir a solução.

Outro tipo de antisséptico com função terapêutica são os que possuem digluconato de clorexidina a 0,12%. A solução tem indicação para o combate aos microrganismos do biofilme dental responsáveis pela doença periodontal, recomendado também após procedimentos mais invasivos, como cirurgias, raspagem de cálculos supra e subgengivais para remoção de tártaro ou infecções da cavidade oral. Seu uso contínuo, entretanto, deve ser controlado para evitar alguns possíveis efeitos colaterais.

Alguns enxaguatórios utilizam álcool em sua composição para conservar e também diluir os princípios ativos que estão presentes nesses produtos, porém são vistos com ressalvas. Isso porque o álcool, em uso rotineiro, pode causar irritação nas mucosas da boca.

Uso em excesso pode fazer mal à saúde

Apesar dos antissépticos poderem ser adquiridos livremente, sem a necessidade de prescrição, a recomendação e orientação de uso deve ser feita sempre por um cirurgião-dentista. Após a avaliação das condições da saúde bucal do paciente, o profissional poderá indicar o produto correto para o tratamento.

Opções que contenham flúor, por exemplo, não devem ser usadas por crianças abaixo de 6 anos. Enxaguantes com álcool, por sua vez, devem somente ser utilizados sob orientação de um cirurgião-dentista, devido a seus efeitos colaterais em uso prolongado. “O uso indiscriminado de antisséptico com álcool pode provocar irritação dos tecidos bucais devido ao ressecamento e descamação das mucosas, além de outros riscos para o paciente”, alerta Camillo.

Da mesma forma os enxaguantes que possuem digluconato de clorexidina em sua fórmula também só devem ser utilizados sob a orientação do cirurgião-dentista, que vai determinar o tempo necessário de utilização para cada caso. “O uso prolongado pode causar alteração na coloração nos elementos dentários, nas restaurações estéticas, próteses e língua, perda do paladar, danos no tecido mole da boca, ressecamento bucal e gosto residual desagradável”, afirma o especialista.

Lembre-se: na hora de comprar enxaguantes bucais observe qual produto está levando e consulte o cirurgião-dentista para obter bons resultados.

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