Muitas pessoas fazem questão de levar seus amigos de quatro patas em passeios pelo Brasil e pelo mundo. Entretanto, quem ama organizar aventuras com os pets precisa seguir algumas recomendações e cuidados para evitar problemas. Especialistas da Unidade de Pets da Ceva Saúde Animal prepararam uma série de dicas de como viajar com cachorro ou gato. Confira!
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Como viajar com cachorro
Os roteiros mais apreciados pelos tutores costumam ser aqueles que permitem o trajeto de carro. Nesse caso é importantíssimo prezar pela segurança do pet e dos outros ocupantes do veículo. Por isso, o primeiro passo é ter uma caixa de transporte específica para o animal.
“Além disso, é possível usar outros acessórios específicos, como o cinto de segurança adequado ou cadeirinhas e cestinhas”, conta Fernanda Ambrosino, médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva. “O pet precisa estar acostumado ao uso desses acessórios e deve-se seguir a recomendação do veterinário de acordo com o porte do animal. O cão não pode ficar solto no veículo e nem mesmo no colo, pois isso coloca a segurança de todos os ocupantes em risco”, completa.
Vacinação e mais
Um ponto de atenção na hora de viajar com cachorro ou gato, antes de pegar a estrada, é a vacinação. É fundamental que o bichinho tenha a imunização em dia e que a carteirinha de vacinação esteja sempre em mãos. Para viagens com distâncias mais longas é aconselhável ter um atestado de saúde animal emitido por um veterinário – alguns locais exigem a documentação para liberar a entrada do pet.
A vermifugação, bem como o uso de produtos ectoparasiticidas (que protegem contra pulgas e carrapatos) também devem ser realizados antes do passeio. “Dessa forma o animal estará protegido contra a ação de parasitas, o que irá garantir o bem-estar e a saúde do pet durante a viagem”, afirma Fernanda.
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Itens essenciais
Outra dica é preparar uma mala com todos os itens do cão, como brinquedos, potes de água e comida, ração, toalha, shampoo (caso o animal precise de banho em algum momento), caminha e cobertor. A coleira com identificação (com dados como nome e telefone do responsável) é outro item que não deve ser esquecido.
“Vale ressaltar que, se o animal faz uso de alguma medicação, é indicado levar uma quantidade um pouco maior do que a necessária para os dias que irão passar longe de casa. Dessa forma, caso haja qualquer imprevisto, o pet não corre o risco de ficar sem o medicamento”, conta a profissional.
Conforto ao viajar com cachorro
Para que o cão tenha mais conforto durante o trajeto, o indicado é que, antes de viajar, o tutor forneça pouca quantidade de alimento ao pet. Isso vai evitar que ele viaje de estômago cheio e passe mal no meio do caminho. “Além disso, passear e brincar bastante ajuda a gastar as energias e até mesmo pode fazer com que o cachorro durma durante uma parte do percurso”, diz Nathalia Fleming, médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva.
Caso o bichonho seja sensível ao movimento do carro e sinta-se mal com frequência, o tutor poderá conversar com o médico-veterinário de confiança sobre algumas medicações específicas que podem ajudar neste momento. Além disso, os feromônios podem auxiliar para que a viagem seja mais agradável, trazendo a sensação de conforto e segurança para os pets e também na adaptação no novo lugar.
Planejamento do roteiro
Viajar com cachorro em horários mais frescos do dia, como perto do amanhecer ou anoitecer, ajuda a evitar que o pet sofra com o estresse térmico, que pode acontecer principalmente quando o sol bate diretamente nele. “Vale lembrar que o animal não deve ser deixado sozinho no carro sob nenhuma condição, pois os cães não transpiram como nós e podem sofrer casos de hipertermia. Ela [e caracterizada pelo aquecimento corpóreo anormal e, em casos graves, pode levar ao óbito”, alerta Nathalia.
As paradas programadas também devem entrar no planejamento. É indicado pausas a cada duas horas para fornecer água ao pet e permitir que ele faça suas necessidades e caminhe um pouco.
É importante também atenção ao chegar no destino. Caso o animal vá para um lugar com piscina ou lagos é preciso que os mergulhos sejam feitos com supervisão, mesmo que o pet saiba nadar.
Os cuidados com a pele e pelo do cachorro (para evitar as dermatites) e a atenção especial às orelhas também são essenciais. “O excesso de umidade pode estimular o surgimento das otites. Por isso, a melhor maneira de prevenir o problema é higienizar a área das orelhas dos cães com o uso de algodão e loções especiais para a limpeza, mantendo-as sempre secas e em condições ideais de umidade”, conta Fernanda.
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Viagens de avião
No caso das viagens de avião, é importante entrar em contato com a companhia aérea para saber quais são as exigências para o transporte do pet. “Cada uma delas tem o seu protocolo de transporte animal. Caso o tutor pretenda fazer uma viagem internacional, é importante verificar as exigências do país de destino e das empresas aéreas. Alguns locais exigem exames específicos que precisam ser feitos com antecedência”, explica Fernanda.
E os gatos?
Os gatos não são grandes fãs de viagens. Por serem animais territorialistas, eles não apreciam movimentações diferentes, ambientes estranhos e pessoas desconhecidas. “Para quem tem gatos, o ideal é deixá-los sob os cuidados de um pet sitter ou contar com alguém de sua confiança que possa ir em casa trocar a água, colocar comida e limpar as caixinhas de areia diariamente”, afirma Nathalia.
Caso o animal acompanhe o tutor no passeio, será necessário investir em medidas que diminuam o estresse do pet, como usar feromônios espécie-específicos e acostumá-lo o a usar a caixa de transporte com antecedência. Para os felinos idosos, a recomendação é evitar as viagens, pois o estresse do transporte e do novo ambiente pode ser desgastante demais e ocasionar sérios problemas de saúde.