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Mês da Luta Antimanicomial: saiba o que é e a importância do movimento

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Hoje (18), é o Dia Nacional da Luta Antimanicomial no Brasil. Data que homenageia o trabalho dos profissionais da saúde que lutaram por um tratamento mais humano aos pacientes do sistema de saúde mental. O ano de 1987 foi marcado pela divulgação do “Manifesto de Bauru”, que reforçava a defesa dos direitos humanos e a cidadania de pessoas com diagnósticos psiquiátricos.

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A Articulação Nacional da Luta Antimanicomial visava inspirar o debate sobre o contexto da loucura para além do campo assistencial, com foco em novos métodos de tratamentos. O objetivo era tornar esse processo mais humanizado, tornando pública a importância de garantir os direitos, o bem-estar e a dignidade não só de quem estava em sofrimento psíquico, mas de suas famílias também.

Para isso, a proposta era de que o tratamento de saúde mental fosse feito em sociedade, por meio de serviços de saúde abertos. Dando fim aos hospícios e manicômios, que excluíam e invisibilizavam seus pacientes considerados “loucos”. Nesse sentido, o movimento tratou ainda de colocar em pauta a questão do diagnóstico em si, destacando o fato de que muitas pessoas eram internadas simplesmente por não se encaixarem nos padrões de moralidade impostos pelos bons costumem da época.

Mudanças de paradigmas


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Conhecido como Movimento da Reforma Psiquiátrica, o trabalho desses profissionais da saúde, acadêmicos e outras pessoas da sociedade civil culminou na aprovação da Lei Paulo Delgado (Lei 10.216 de 06 de abril de 2001). Normal cujo objetivo é proteger os direitos das pessoas com transtornos mentais e modificar o modelo de assistência. A partir daí, o Estado passou a ter responsabilidade no desenvolvimento da política de saúde mental no Brasil, por meio do encerramento dos chamados manicômios e da abertura de serviços comunitários de saúde mental.

Graças a lei, a política brasileira de saúde mental avançou bastante nos últimos anos. Alguns dos grandes marcos da nova abordagem inspirada pela Luta Antimanicomial foram a criação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), das Unidades de Acolhimento, do Programa De Volta Para Casa (que integra socialmente ex-moradores de hospitais psiquiátricos), entre outras iniciativas que têm garantido apoio a muitas pessoas em sofrimento psíquico e que lidam com o vício em drogas e álcool.



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