A deficiência auditiva pode trazer grandes prejuízos à qualidade de vida dos indivíduos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 500 milhões de pessoas no mundo têm surdez moderada ou severa. A previsão é de que até 2050, 900 milhões poderão ter algum grau de perda auditiva, o que significa um em cada 10 habitantes do planeta.
A gravidade da situação vem impulsionando campanhas e estratégias da OMS. Com o tema “Cuidados auditivos para todos!”, o Dia Mundial da Audição (3/3) marcará o lançamento do Relatório Mundial sobre a Audição, com um apelo global aos governos e à população em geral quanto à adoção de medidas efetivas para lidar com a perda de audição e as doenças ao longo da vida.
“Quanto mais cedo a perda auditiva for detectada, melhor. Estamos enfatizando a importância de abordar e tratar a perda de audição em tempo hábil, tão logo apareçam os primeiros indícios de dificuldades para ouvir. Com isso, evitamos uma série de prejuízos na comunicação, nos relacionamentos, e as pessoas podem continuar aproveitando a vida ao máximo. Para isso, uma das opções de tratamento é o uso de aparelhos auditivos, que irá proporcionar inúmeros benefícios para o indivíduo”, pontua a fonoaudióloga Marcella Vidal, gerente de Audiologia Corporativo da Telex Soluções Auditivas.
Entre as principais mensagens da OMS no Dia Mundial da Audição estão as que se referem a decisões políticas e governamentais, como a inclusão de atendimento na área de audiologia nos planos nacionais de saúde. Para o público em geral, os recados focam temas como a importância de uma boa audição e comunicação em todas as fases da vida, além da adoção de ações preventivas, por exemplo, a proteção contra sons altos e boas práticas de cuidados.
“Aconselho a realização de um exame denominado audiometria uma vez ao ano. Ele é indicado especialmente para pessoas acima de 50 anos, para quem tem predisposição genética, para os que já experimentam dificuldades para ouvir, para aqueles que têm infecções frequentes na orelha e também para os que trabalham em ambientes ruidosos ou ouvem som alto por longos períodos, como ocorre atualmente entre os mais jovens com a ‘febre’ dos fones de ouvido”, conclui Marcella Vidal, fonoaudióloga.
Números no Brasil
Um estudo realizado em 2019 pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda revelou que existem 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva no Brasil – 5% da população. Desse total, 2,3 milhões têm perda de audição severa.
No País, a surdez atinge mais os homens (54%) do que as mulheres (46%). Grande parte deles tem 60 anos de idade ou mais (57%). Além disso, 9% dos indivíduos com deficiência auditiva nasceram com essa condição e 91% adquiriram o distúrbio ao longo da vida.
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