A depressão infantil é uma realidade mais comum e preocupante do que muitos imaginam. Gladys Arnez, médica neurologista infantil e especialista em Transtornos do Neurodesenvolvimento, alerta para a necessidade de reconhecer os sinais e sintomas desse transtorno silencioso que também pode afetar crianças.
“A depressão não escolhe idade e, infelizmente, tem se tornado cada vez mais presente na infância. É fundamental que pais, professores e cuidadores estejam atentos aos comportamentos que podem indicar um sofrimento psíquico, que, se não tratado, pode levar a muitos danos na vida dos pequenos”, afirma Gladys.
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Entre os sintomas a serem observados, destacam-se:
- Alterações no apetite ou peso (aumento ou diminuição);
- Mudanças no padrão de sono (insônia ou hipersonia);
- Isolamento social e perda de interesse em atividades antes prazerosas;
- Irritabilidade ou agitação excessiva;
- Queixas frequentes de dores físicas sem causa aparente;
- Dificuldade de concentração e queda no desempenho escolar;
- Choro frequente e inexplicável;
- Comportamento regressivo (voltar a agir como em uma idade mais jovem);
- Isolamento social e familiar, juntamente com pensamentos sobre morte ou suicídio;
- Sentimentos de desesperança e baixa autoestima
“Cada criança é única e os sintomas podem variar. No entanto, a presença de múltiplos sinais deve ser um alerta para buscar ajuda profissional”, ressalta a especialista.
A neurologia infantil oferece uma perspectiva valiosa para entender a depressão nas crianças, pois, muitas vezes, está associada a desequilíbrios químicos cerebrais que podem ser tratados.
Gladys conhecida por seu trabalho com Toxina Botulínica em condições neurológicas como paralisia cerebral, enxaquecas sequelas de AVC, autismo, entre outros, enfatiza a importância do tratamento precoce. “Quanto mais cedo iniciarmos o tratamento, maiores são as chances de uma recuperação completa e de evitar complicações a longo prazo”, destaca. “Cuide da saúde mental de sua família e, especialmente, das crianças”, completa.
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