Covid-19 pelo mundo: “planeta vai mudar”, diz moradora do Porto
Beatriz Ceschim
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Nesta semana, Portugal começou a segunda fase do relaxamento das regras de distância social, com a abertura gradual de escolas e restaurantes. Com apenas 1.247 mortes e 29.432 contaminados, o país foi um exemplo de combate ao covid-19 entre seus vizinhos europeus. A administração local impôs medidas restritivas durante a quarentena, que foram acatadas pela população, o que influenciou muito no baixo número de infectados.
Covid-19 pelo mundo: Portugal
“Aqui em Portugal, os números de casos foram muito menores se comparado a outros países da Europa. Acredito que isso aconteceu porque as medidas foram tomadas o mais rápido possível”, conta a estudante Bárbara de Freitas Cerutti, de 19 anos.
A brasileira que mora na cidade do Porto, no norte do país, ficou quase 60 dias em quarentena. Agora, porém, a vida está voltando ao normal. “As lojas e os serviços estão voltando aos poucos”, conta Bárbara.
Impacto na vida pessoal
Além de ficar presa em casa, a brasileira relata que a rotina de estudos na universidade portuguesa foi bastante afetada durante o confinamento. “Fazer aulas online, para alguém da área de ciências, é algo realmente complicado”, comenta. No entanto, independentemente do método, a estudante explica que as faculdades do país conseguiram gerenciar bem a situação.
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De acordo com Bárbara, sua família também foi bastante impactada com a pandemia do novo coronavírus. Afinal, seus pais são proprietários da ByPortugal Tours, empresa que trabalha com turismo personalizado no país.
“Minha família foi bem afetada com isso tudo, pois trabalhamos com viagens. Saber que o verão europeu não trará tantos frutos para nós neste ano fez com que mudemos nossas cabeças e nossa realidade”, explica Bárbara.
Mudanças no mundo e no turismo
Após a pandemia, a estudante acredita que muitos aspectos da vida serão diferentes, sobretudo no que se refere às viagens. “O mundo irá mudar muito. Na verdade, já mudou muito. Uma das áreas mais afetadas será o turismo, que irá demorar alguns meses ou até mais tempo para voltar a ser o que era antes.”
No entanto, apesar das mudanças bruscas, a brasileira espera que a crise também possa afetar de maneira positiva as pessoas, que deveriam se unir. “Espero que, depois de todos passarem pela mesma situação, o mundo seja mais empático. Será fundamental que todos se apoiem no futuro”, finaliza.
Covid-19 pelo mundo: série de entrevistas
OBusca Voluntária e o Rota de Férias estão conversando com pessoas de todo o planeta para saber como o coronavírus está afetando a realidade de suas cidades. Confira os outros capítulos da série: