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Conheça os sinais de depressão e ansiedade em crianças e jovens

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Uma em cada quatro crianças e adolescentes ouvidos em estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) apresentou sinais de depressão e ansiedade durante a pandemia com níveis clínicos (necessidade de intervenção de especialistas). Os dados, apresentados à Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 da Câmara dos Deputados, reforçam a necessidade das campanhas de Setembro Amarelo, mês de conscientização e prevenção ao suicídio.

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A psiquiatra Elen Cristina Batista de Oliveira, que atende no Espaço Equilíbrio, no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, notou esse cenário na prática. “Percebi um aumento na procura por tratamento de quadros de ansiedade e depressão entre adolescentes. Também tenho observado um recente crescimento de casos de fobia social e dificuldade de retorno à interação e exposição social”, destaca a médica, que atua com pacientes a partir dos 14 anos.

A especialista aponta alguns fatores que fizeram com que os problemas de saúde mental durante a pandemia aumentassem entre os jovens. “O principal foi o isolamento, que provocou a perda de reforçadores e de experiências positivas com intensa e prolongada privação. Além do excesso de contatos e interações virtuais com aulas, aplicativos, jogos e mensagens virtuais com muito tempo de exposição a telas. Tudo isso é algo nunca antes experimentado pelas gerações anteriores”, salienta.

Sinais de depressão e ansiedade


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De acordo com Elen Cristina, é preciso estar atento aos sinais para perceber se crianças e jovens podem estar com algum problema emocional. Entre eles, é possível citar comportamentos como aumento ainda maior do isolamento, mudanças de rotinas e de necessidades básicas (como apetite e sono), ausência de prazer em experiências antes consideradas positivas (como brincar, estar com amigos e familiares), além de irritabilidade excessiva e prejuízo no desempenho escolar”, afirma. Ela destaca que a maioria dos responsáveis pensa que é só uma fase e acaba assimilando a gravidade da situação somente quando o quadro está mais avançado.

Segundo a psiquiatra, é importante que os pais e demais adultos que convivem com as crianças e adolescentes fiquem atentos a algumas falas. “Frases de alerta são preocupantes quando ditas no contexto clínico que citei. Algumas delas são: ‘ninguém gosta de mim’, ‘ninguém se importa comigo’, ‘eu não sirvo para nada’, ‘eu tenho vontade de sumir’, ‘se eu sumir ninguém vai sentir minha falta’”, alerta a médica, destacando que é preciso procurar ajuda profissional ao se deparar com os sinais de depressão e ansiedade.

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