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Série multimídia orienta no combate à violência doméstica

Da Redação
4 de Maio de 2021


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Vale o play: série multimídia orienta no combate à violência doméstica

A violência doméstica é um problema grave no Brasil. Uma brasileira é assassinada a cada 9 horas. Em 2 minutos, uma mulher sofre agressão no País.

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Para sensibilizar a sociedade e auxiliar a própria vítima a perceber que está em uma relação violenta e abusiva, o Instituto Camila e Luiz Taliberti lança a “Taliberta – Cartilha de combate à violência doméstica“. O material está disponível no Spotify, no YouTube e em formato PDF.

De fácil acesso e leitura, o material reúne as principais orientações e depoimentos originados nos debates da Série Taliberta de Violência Doméstica, transmitida em 2020 nos canais digitais do Instituto. O material foi idealizado depois que os índices de feminicídio cresceram 22% durante o isolamento social imposto pela pandemia.

“A iniciativa é uma das formas de manter o legado da minha filha, Camila Taliberti, advogada e ativista no tema, que junto com meu filho, Luiz Taliberti, foram mortos no rompimento da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019”, explica a presidente do ICLT, Helena Taliberti.

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Violência não é só agressão física

Importante destacar que agressão física é considerada só um dos tipos de violência doméstica. Xingamentos e chantagens, agressão psicológica e até o afastamento imposto da família e dos amigos são outras formas de abuso, previstas na Lei Maria da Penha. Muitas vezes esses abusos são ignorados, podendo levar a uma situação fora de controle.

“Toda violência contra a mulher acontece dentro de um relacionamento abusivo. Esse tipo de situação tem três características básicas: controle excessivo, isolamento e ciúmes exacerbado”, explica Nathalie Malveiro, Promotora de Justiça.

Segundo Helena Taliberti, muitas pessoas não relatam a situação que sofrem, pois tem medo, em alguns casos se sentem envergonhadas e com receio de serem julgadas.

“Por isso, o nosso objetivo é ajudar quem passa ou já passou por esta situação, além de divulgar a rede de apoio e os canais de proteção e atendimento”.

Apoio às vítimas

Outro destaque da “Taliberta – Cartilha de combate à violência doméstica” é a importância do acolhimento que pode preceder a denúncia. Quem percebe sinais de abuso contra a mulher, precisa dar espaço para que ela possa se abrir, ser paciente e acolhedor.

A aceitação de que se é vítima de violência, seja física, verbal ou outro tipo, é um processo complexo e muitas vezes quem sofre não denuncia o agressor. Por isso, é importante se colocar presente, com respeito e empatia – e auxiliar a procurar os canais adequados quando estiver pronta.

A advogada Gabriella Nicaretta, vítima de violência doméstica, declara que a denúncia só acontece quando a mulher está pronta para fazê-la. “Eu não tinha preparação psicológica para passar por uma delegacia ou denúncia no primeiro momento. A melhor coisa a fazer para apoiar é conversar com a vítima, sem julgamentos, e se colocar à disposição para ajudar no momento que a mulher estiver preparada.”

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Prevenção e educação

A prevenção também é apontada como uma das melhores maneiras de combater o crime. Isso significa apontar os comportamentos inadequados, permitindo que as meninas cresçam cientes do que caracteriza um abuso e sabendo como evitá-lo.

“É preciso falar desse tema com jovens e adolescentes, para que elas consigam identificar um relacionamento abusivo e descobrir a força da mulher para lidar com essa situação, evitando esses padrões ao longo de toda a vida”, ressalta Marilia Taufic, jornalista e idealizadora do App PenhaS. “Esse debate também permite que as mulheres possam questionar papéis vistos como tradicionais pela sociedade e, assim, levar essa reflexão para além do individual.”

“Uma das coisas que mais me chamaram atenção durante a Série Taliberta é a responsabilidade que nós mães temos na educação de nossos filhos homens, quando foi enfatizado a importância de ensinarmos aos meninos a ouvir e respeitar o não. Não é não!”, diz Helena Taliberti.

Serviço


Nas páginas finais da “Taliberta – Cartilha de combate à violência doméstica”, é possível conferir uma lista de serviços, incluindo diversos canais para denúncia, além de locais para apoio jurídico, psicológico, profissional e capacitação, telefones úteis e indicação de leitura.

Como acessar
• Cartilha Taliberta – Cartilha de combate à violência doméstica:
https://is.gd/nBhUJz

• Série Taliberta/YouTube:
https://is.gd/v9TwZU

• Série Taliberta versão podcast/Spotify:
https://is.gd/13T9hJ

 

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