Cão ajuda no desenvolvimento de bebê com Down
Um estudo coordenado pelo Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (Itaci), em São Paulo, revelou que a visita de bichinhos suspendia provisoriamente a dor nas crianças doentes. Já uma pesquisa realizada pela American Heart Association mostra que criar um animal reduz fatores de risco para doenças cardíacas, como a pressão alta, colesterol ruim elevado, estresse, obesidade e ajudam, ainda, na recuperação de pacientes infartados.
O advogado Renato Waldomiro Liserre Jr., 43 anos, usa seu Golden Retriever de três anos para ajudar no tratamento do sobrinho Pedro, de um ano e três meses, que tem síndrome de Down. O menino passa o dia na casa dos avós, enquanto a mãe trabalha, na companhia do cachorro que também fica lá.
“Depois que levo minha filha para a escola de manhã, passeio com o Branco e, em seguida, deixo ele nos meus pais. Em um feriado, viajei com o cachorro e o Pedro não o viu durante quatro dias. Meu afilhado sentiu a ausência dele no quintal. Tanto é que a primeira palavra que disse foi ‘cadê’, ao mesmo tempo que gesticulava, levantando os ombros. Aos poucos, meus pais foram deixando o Branco entrar em casa. E o Pedro vai atrás dele”, diz o tio do menino.
Liserre ainda conta que a figura do cachorro funciona como estímulo verbal e motor para Pedro. “Meu sobrinho está aprendendo que, se jogar a bola para o cachorro, ele traz de volta. A avó parou de fazer a brincadeira uma vez e o Pedro tocou o braço dela, pedindo para ela continuar. Ele tem verdadeira paixão pelo cachorro.”