Campanha online arrecada doações para combater a pobreza menstrual
Hoje (28/5), é comemorado o Dia Internacional da Higiene Menstrual. Para conscientizar a população sobre a importância desse tema, a Pantys, marca de calcinhas absorventes, organizou um protesto online para debater e combater a pobreza menstrual, que atinge mais de 500 milhões de meninas e mulheres ao redor mundo.
A marca convida as pessoas a postarem uma foto em suas redes sociais com um cartaz ativista nas mãos, conscientizando e convidando a população a refletir sobre o tema. Cada postagem feita em 28 de maio e marcada com a #pantysprotest será transformada em uma calcinha absorvente e doada para mulheres em situação de pobreza menstrual. Personalidades como Angélica, Fernanda Souza, Gabriela Prioli, Letícia Braga, Paloma Bernardi, Samara Felippo, Aline Silva e Tathiana Parmigiano, ginecologista do Time Brasil nas Olimpíadas, apoiam a causa e participam do protesto online, revertendo seus cachês em milhares de doações para ONGs em todo o Brasil.
O que é pobreza menstrual?
A Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu, em 2014, o direito das mulheres à higiene menstrual como uma questão de saúde pública e de direitos humanos. Porém o acesso aos produtos menstruais não é uma realidade no mundo inteiro. No Brasil, por exemplo, 26% das meninas entre 15 e 17 anos não têm acesso a absorventes. Nas ruas e prisões, miolo de pão e jornal são utilizados para conter o fluxo.
Segundo relatório da ONG Girl UP, atualmente, cerca de 30 milhões de mulheres menstruam no Brasil. Ao longo da vida fértil, elas gastam entre R$ 3 mil e R$ 9 mil com absorventes. “A pobreza menstrual é um problema que afeta também a economia. A luta diária dessas mulheres é por higiene e dignidade. Este assunto precisa ser diariamente discutido. Desde o início da Pantys, sempre tivemos como pilar a sororidade e as doações. Desta maneira, estaremos proporcionando dignidade menstrual para meninas e mulheres que têm seu dia a dia prejudicado por falta de higiene e produtos”, afirma Emily Ewell, sócia fundadora da marca.
Durante a vida fértil uma mulher tem aproximadamente 450 ciclos menstruais e usa, em média, 180 quilos de absorventes, que são descartados como lixo orgânico no meio ambiente. Com as calcinhas absorventes reutilizáveis (que duram até dois anos), os montantes de lixo gerados com o descarte podem ser reduzidos significativamente. Elas também oferecem uma economia financeira em relação ao gasto com absorventes descartáveis.