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Amigos da Vida, no DF, auxilia pessoas com AIDS; conheça a ONG

Thalita Ribeiro
15 de Março de 2018


Crédito: Visual hunt

Desde que a AIDS chegou ao Brasil, na década de 1980, ser soropositivo requer apoio médico e psicológico. Além disso, essas pessoas também lutam por aceitação na sociedade. Na rede de apoio existente no país, a entidade Amigos da Vida, em Brasília, oferece assistência jurídica a adultos com HIV. O principal objetivo da entidade é a busca por direitos previdenciários.

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De acordo com o presidente da ONG Christiano Ramos, a entidade foi fundada em 2000, pelo seu pai. “Ele teve a iniciativa quando eu assumi publicamente ser soropositivo. Contraí o vírus aos 18 anos.” Hoje, aos 50 anos, o presidente acredita que muita coisa mudou desde que ele adquiriu o HIV, mas a discriminação ainda persiste.

De acordo com a Lei n.º 8.213, de julho de 1991, é garantido a pessoas que forem acometidas por determinadas enfermidades, entre elas a AIDS, o auxílio-doença aposentadoria por invalidez. Christiano conta que essa é a principal demanda da Amigos da Vida. “Nós vamos aonde o governo não chega. Temos um time de advogados que faz atendimentos em busca desses direitos.”

A entidade também oferece apoio psicológico que, segundo o presidente, é fundamental na complementação do tratamento médico. Orientação sexual também faz parte das ofertas da ONG. Os serviços são oferecidos nas 10 unidades da entidade no Distrito Federal. Não há limite de idade – entretanto, jovens menores de 18 anos precisam estar acompanhados pelo responsável legal.

Outros projetos

Além dos atendimentos nas unidades da entidade, a ONG mantém as Brinquedotecas Renato Russo. São nove exemplares da ação, montadas em hospitais públicos de Brasília, e outra no Rio de Janeiro, com foco a crianças com AIDS. Carminha Manfredini, mãe do cantor e compositor Renato Russo, é a madrinha do projeto.

“Desde que os espaços foram montados nos hospitais, percebemos  a contribuição que eles tiveram na recuperação e alta das crianças com o vírus HIV”, afirma Christiano.

Uma parceria com o fotógrafo Gabriel Mestrochirico deu origem a exposição de imagens “Um Novo Olhar sobre a AIDS no Brasil”. O profissional rodou por todo o país, capturando imagens de soropositivos em convívio com as sua famílias. “O objetivo foi o de mostrar que todos somos iguais, independentemente de termos AIDS ou não.”

A mostra esteve à disposição do público até 2016, na Biblioteca Nacional de Brasília.

Dados

Segundo o último Boletim Epidemiológico da Aids do Ministério da Saúde, houve um drástico aumento de infecção entre jovens na faixa etária de 15 a 24 anos,. O relatório sustenta ainda que, de 2006 para 2015, a taxa mais que triplicou (de 2,4 para 6,9 casos/100 mil habitantes) entre aqueles com 15 a 19 anos. Os números também não favorecem a faixa etária entre 20 e 24, que quase dobrou os casos (de 15,9 para 33,1 casos/100 mil habitantes).

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